"Sou filha do Sol, trazida pelo vento. Sou verdadeira Bruxa por dentro. Bruxa nascida do fogo, meu espirito é soberano. Sou a transformação, a destruição e também sou a criação. Vivo com liberdade, criatividade e lealdade. Assim vão me encontrar. E se procurarem bem no fundo da fogueira, lareira ou de uma vela Os meus olhos vão achar na chama daquilo que queima o meu espirito, estará lá. Mas logo vos aviso, se mau intencionado estás, não procurarás"

Rosângela Amaral

30 junho 2012

Celebração do Dia

Oferendas e rituais de agradecimento para Zaramama, a mãe dos grãos no antigo Peru. Aceditava-se que ela encarnava na terra na forma de espigas de milho com alguma caracteristica especial,como espigas germinadas ou cores estranhas. As pessoas ofertavam-lhe espigas pendurando-as nas arvores, algumas delas "vestidas" como se fosse mulheres, com saias e xales. Depois das danças ritualisticas ao redor das arvores enfeitadas com as oferendas, as espigas eram queimadas para assegurar uma boa colheita e as pessoas festejavam bebendo cerveja de milho.

Dia de Aestas, deusa do milho e do verã, celebrada em Roma durante o festival de Aestatis

Na mitologia de vários países encontra-se a personificação do milho como mulher, mãe ou donzela. Em alguns dos mitos, o milho nasce do sangue ou do corpo de uma mulher que eram espalhados no campo após sua mort, enquanto em outros apenas broa de seu corpo vivo

Em outras culturas, a Deusa manifesta sua essencia na ultima espiga colhida, que era guardada para ser misturada às sementes a serem utilizadas no próximo ano.

Os povos nativos norte-americanos veneravam as mães do milho (Corn Mother), enquanto os europeus faziam oferendas as Korn MUtter e às deusas Ziza e Zythuiamarka


28 junho 2012

Celebração do dia

Celebração de Lâmia, antiga deusa das serpentes reverenciada na Líbia e em Creta, transformada, posteriormente, na rival de Hera. Nos textos medievais, ela parece como uma figura grotesca, um monstro que assuatava as crianças à noite. Provavelmente, Lâmia era uma variante de Lamashtu, mãe dos deuses da Babilônia, venerada como uma serpente gigante com cabeça de mulher. Apesar de Lamashtu ser temida como uma deusa destruidora, ela era considerada, também, a Mãe Criadora e senhora do céu. Na Biblia, Lâmia aparece como sinonimo de Lilith, como um monstro noturno e bruxa.

Celebração da deusa grega da alvorada e do dia Hemera, com danças e orações, do nascer do dia até o por-do-sol. Era filha da deusa da noite Nyx, que também era mãe das Hespérides, as deusas estrelares.

Celebração da santa Marta, na França, cuja lenda reproduz um atributo da Deusa como senhora dos dragões e serpentes.


26 junho 2012

Celebração do dia

Na Polinésia, reverencia-se a mãe ancestral, criadora da vida, da terra e de todos os seres, com oferendas e orações para assegurar a nutrição, a saúde e a segurança de seu povo. Dependendo do lugar, seu nome era Ligapup, Lorop ou Papa

Niman Kachina, a chegada dos Kachinas nos Pueblos Hopi, nos Estados Unidos, festejados durante dez dias com danças e cantos. Os kachinas eram divindades ligadas às forças da natureza e, uma vez por ano, traziam bençãos para as pessoas, voltando depois para o seu mundo subterrâneo.

Dança do Milho dos índios Iroquois, celebrando a colheita e agradecendo às divindades da terra e da natureza: Eithinoha, a mãe erra e a mãe do milho e Aataentsic, "a mulher que caiu do céu", mãe dos ventos e criadora da vida.

Celebração do Feng Po, a deusa chinesa do tempo, senhora dos ventos e dos animais selvagens. Feng Po controlava os ventos cavalgando um tigre dourado e guardando-os em seu grande sacola nas costas.

No folclore irlandes, acredita-se que ao meio dia pode ser vista a entrada secreta para o centro da terra no topo do monte Scartaris.



24 junho 2012

Celebração do dia

Neste dia, no calendário Inca, celebra-se o deus solar Inti no grande festival de Inti Raymi. Representado como um homem cuja cabeça era um disco dourado do sol, Inti era consorte e irmão de Mama Quilla a deusa da lua.
A reminiscência atual dessa festa antiga é a comemoração, em vários lugares, do dia de São João, com danças ao redor da fogueira, como no México, Novo México, Porto Rico e na América do Sul

Dia das lanternas, homenagem no Egito às Deusas Isis e Neith, em seus templos em Sais. As pessoas iam em procissão com laternas até os templos e invocavam a Luz e a força das deusas para renovar a vida, lembrando a ressurreição de Osíris pelo poder de Ísis.

Celbração de Mara, a deusa eslava protetora dos animais doméstico, principalmente as vacas. Na Rússia, ela era considerada um espirito ancestral, que tecia durante a noite e que podia estragar a tecelagem das mulheres se não fosse devidamente homenageada. Em seus aspecto "escuro", ela é Mora ou Smert, a deusa do destino e da morte

Dia de são João no calendário cristão, reminiscência das antigas celebrações do solsticio de verão e dos rituais de fertilidade, substituidos por festas populares, feitas artesanais e casamentos simbólicos

Primeira aparição de Nossa Senhora de Medjugore. em 1981, na Iugoslávia, uma das manifestações da Grande Mãe na figura de Maria, a unica deusa que continua sendo venerada no mundo ocidental atual.

Fors Fortune, dia sagrado das deusas For e Nortia, precursoras etruscas da deusa da fortuna. Neste dia os romanos pediam as bênçãos das deusas para lhes dar sorte.



22 junho 2012

Yule para os nativos norte-americanos

O Solstício de Inverno é uma data importante para os nativos norte-americanos, pois marca o inicio de um novo ciclo. É comemorado em Junho no Hemisfério Sul e em Dezembro no Hemisfério Norte. Para este povo essa data é chamada de “regeneração da terra” porque o sol não se move por quatro dias.
Esse dia é dedicado a jejuns, orações e rituais de “fortalecimento” do sol. Os Xamãs abriam as “sacolas de poder” da tribo e as refaziam. Além disso, todas as pessoas que ali viviam eram purificadas e abençoadas.
Para os norte-americanos o Solstício de Inverno é simbolizado pela direção Norte e pelo Búfalo Branco. O Búfalo Branco traz uma mensagem que nos diz para voltarmo-nos para dentro de si e para trabalhar a limpeza, a renovação e a pureza de espirito.
Além disso, para eles, uma noite anterior ao Solstício, por ser a noite mais longa do ano, simboliza a gestação antes de um nascimento. Costuma-se fazer rituais e meditações voltadas para a focalização da luz em nossa consciência.





20 junho 2012

Yule para o povo nordico

Yule teve origem dos povos celtas e nórdicos.
Para o povo Nórdico o solstício de Inverno era comemorado durante doze noites seguidas. A primeira noite de comemoração era dedicada a Deusa Freya. Tal Deusa é a criadora do universo e era representada no topo da “árvore do mundo”. Nesta época do ano Freya torna-se mãe amorosa e cheia de vida dando a luz ao filho solar.
Na tradição cristã Freya que era representada no topo da “arvore do mundo” foi substituída pela estrela no topo da arvore de Natal.
Pouco se sabe sobre os outros dias de comemoração do Yule para os povos nórdicos. Além disso, há muitas divergências de informações sobre tal ritual.
Sabe-se somente que Frigga, Deusa-mãe da dinastia de Aesir e esposa de Odin, também é homenageada no Solstício de Inverno.
Alguns estudiosos em mitologia nórdica acredita que na antiga Escandinávia o Yule começou com a morte de Baldr.
Baldr teve a morte arquiteta por Loki , Deus da trapaça. Contudo sua morte veio pela mão de Hoðr. Hoðr é um Deus cego que de acordo com a história matou Baldr com visco. A única duvida dos estudiosos de mitologia é que visco pode ser tanto uma arma quanto uma planta, e não se sabe com qual delas o ato foi praticado.
A noite mais escura e longa do ano marca sua morte.
Nos contos Frigga, sua mãe chorou por três dias e três noites até que o visco muda-se de vermelho para branco e assim Baldr teria ressuscitado.
Na mitologia nórdica nesta época era de costume crianças deixarem doces em botas e porem o presente na porta de entrada das casas. Essa oferenda era dedicada a Odin que quando passava por Midgard (terra dos homens) em sentido a Nifhel (terra dos mortos) a procura de seu filho Baldr recolhia as oferendas. Foi assim que surgir o conto do “Papai Noel” para os cristãos.



18 junho 2012

Yule ao redor do mundo

O Yule tem comemoração em diversas culturas.
No antigo Egito ele comemorava o renascimento do Deus Ra e a criação do universo. Caso neste dia chovesse havia um presságio de que Rá estava chorando e abençoando a terra neste novo ciclo.
Os Romanos acreditavam no Deus Saturno e a ele o ritual era dedicado. O festejo era realizado na Saturnália com festas libertinas e com troca de presentes entre amigos e familiares. O Deus Apolo também era homenageado e a ele era oferecido uma casa feita de folha de louro e velas acesas.
O festival de Kwanza é realizado na Africa e celebra os sete princípios da vida. No ritual constuma-se fazer com que cada membro da família acenda uma vela por dia e discuta um dos sete princípios da vida. No fim dos sete dias fazem uma festa que reúne amigos e familiares.
Contudo as pessoas também discutiam durante os dias de ritual Kwanza sobre suas culturas e suas colheitas, comentavam das graças do Criador, se lembravam de seus ancestrais e de seus ganhos ao longo da vida e basicamente agradeciam aos Deuses.
O Judaísmo faz uma celebração parecida, mas o nome é Hanukklah. Comemora-se a Luz. O Menorah ou Hanukiah é o principal instrumento do ritual, é um candelabro com nove ramificações. Uma das chamas do candelabro (Hanukiah) possui uma localização distinta, ou mais acima ou mais abaixo das demais. Tal luz se chama Shamash e sua tradução é “atendente”, pois é ela que auxilia na utilização das demais. Como utilizar as luzes do Hanukiah é proibido por ser sagrada há uma luz auxiliar.

Para a tradição Druida encenava-se, nesta data, o cobate entre o Rei do Carvalho, regente da metade luminosa do ano (de Yule a Litha) com o Rei do Azedinho, regente da metade escura do ano (de Litha a Yule).
O Rei do Carvalho vencia a luta e isso simbolizava a vitória da luz, da expansão, do crescimento sobre a escuridão, a decadência e a aridez. Um talismã de boa sorte e proteção era entre aos participantes do ritual pelos sacerdotes, nesta época do ano.



16 junho 2012

Yule

Yule é considerado o Natal dos celtas e dos nórdicos. Muitos dos rituais antigos praticados por esses povos foram incorporados à religião Cristã. Além disso, simbolismos natalinos como a Arvore com a estrela na ponta, a bota de natal na porta de casa, comidas típicas natalinas também tem origem pagã (iremos comentar sobre esses assuntos nos dias decorrentes). Seu nome significa em norueguês antigo “roda” e este Sabbat é considerado tempo de mudança.
Yule na roda do ano é o oposto de Litha. É a noite mais longa do ano, mas seus dias a partir deste sabbat começam a ser maiores do que a noite. Logo, ele marca a metade clara do ano e o fortalecimento da Luz.





14 junho 2012

As musas gregas

Dia das musas. Em numero de nove, na tradição grega elas eram filhas de Zeus, o rei dos deuses e de Mnemosyna, a deusa da memória. Nascidas perto do monte Olimpo, foram criadas pelo caçador Crotus que, após sua morte, foi transformado na constelação de Sagitário.
Conforme os autores, o numero das Musas variam de três a nove, embora na maioria dos mitos fala-se sempre sobre nove Musas.
Elas eram:

• Clio, “a regente da fama”, da história e dos escritos;
• Euterpe, “a regente da alegria” e da música;
• Thalia, “a festiva”, e regente da comédia;
• Melpomene, “a entristecida” e regente da tragédia;
• Terpsichore, “a amante da dança” e do canto;
• Erato, “a que desperta o desejo”, regente da poesia erótica;
• Polyhymnia, “a que medita”, regente da meditação e dos hinos;
• Urania, “a celeste”, regente da astronomia;
• Calliope, “a que tem a voz bonita”, regente da poesia épica;

Às vezes, eram mencionadas apenas três musas: Melete, a que praticava, Mneme, a que recordava e Aoide, a que cantava. Havia também nomes diferentes para o grupo todo, de acordo com a localização.
As musas são detentoras de poderes proféticos e da capacidade de inspirar e estimular a criatividade dos artistas.





12 junho 2012

Celebração do Dia

Shavuot, a festa hebraica dos grãos agradecendo a colheita e celebrando a Deusa Shekinah.
Shekinah era o ser primordial, a manifestação da divindade na Terra que podia ser percebida, vista e sentida somente por meio dessa emanação feminina.
Também era chamada de Graça Divina, Música das Esferas, Luz Primordial, Ser Supremo ou Arvore da Vida, sendo representada sentada sobre o trono da compaixão, que era ou um tripé ou um dólmen (simbolos comuns na tradição da deusa).
Como Arvore da Vida, ela produzia doze frutos diferentes um para cada mês e suas folhas curavam os males.
Com o passar do tempo, os religiosos e historiadores patriarcas transformaram-na em uma semideusa subordinada a Jeová.

Festa de Mut, a Grande Mãe Nubia, a "Deusa Abutre", protetora de todos os seres vivos.
Seu nome significa Mãe, sendo doadora da vida e da morte. O culto a Mut precedeu o de Ísis como Deusa Mãe.

Celebra-se também no dia de hoje Hu Tu , a imperatriz da terra na China, padroeira da fertilidade e reverenciada pelas mulheres na cidade proibida.

Skiraphoria, o festival grego das mulheres em homenagem a Skira, antiga deusa da colheita.

Há também o festival japonês para afastar os infortúnios e atrair a boa sorte. As pessoas lavavam seus cabelos em um rio ou riacho para se livrar dos males, entregando-os à correnteza.